domingo, 2 de dezembro de 2018

Releitura da postagem "TAPETE DAS SENSAÇÕES"


Retomando a postagem cujo o linck  < https://proflualves.blogspot.com/2016/06/tapete-das-sensacoes.html > postado em 28/06/2016.
Considerando que nosso mundo é cheio de informações e que percebemos através dos sentidos. O tapete das sensações é uma proposta pedagógica que possibilita a criança a  experiências de explorar outros materiais partir do tato, (sistema táctil) promovendo o conhecimento de si e do mundo além de potencializar capacidades motoras sensoriais, simbólicas , cognitivas e sociais.
Quando dei inicio no curso, confesso que não tinha a visão que hoje adquiri. Compreendo que  não se trata apenas um jogo mais sim uma possibilidade de proporcionar e estimular ao meu aluno uma considerável parte de conhecimento básico de mundo  articulando  através destes significantes para o desenvolvimento linguístico que através do lúdico oferece experiencias de tato e movimento corporal. 
Conforme Restrepo (1998); "Na falta de uma estimulação táctil adequada, a criança pode apresentar sérios transtornos em seu sistema imunológico, incompatíveis com a vida, ou alterações cognitivas que dificultam o processo de socialização." 

Referencia:

RESTREPO, L. C. O direito à ternura.O CÉREBRO SOCIAL Petrópolis: Vozes, 1998.




Releitura da postagem "AGITAÇÃO QUE FAZ BEM"


Retomando a postagem cujo o linck  < https://proflualves.blogspot.com/2016/04/agitacao-que-faz-bem.html#comment-form > postado em 18/04/2016.
Na educação infantil, literalmente é brincando que se aprende, e não poderia ser diferente.
E pensando como se da este desenvolvimento podemos observar que o brincar fala de infância a todo o momento. É no brincar, que as crianças se constituem como seres pensantes, são desafios, criações, que muitas vezes nos surpreendem. Crianças, brincam com tudo e expressam possibilidades de estar no mundo. É no brincar que a criança se constrói, pelo simples fato de inventar, inventar o imaginário cabendo a nós ofertar, possibilitar e disponibilizar materiais diversos para este desenvolver.
Nos dias de hoje, existe uma preocupação demasiada de pais e educadores em repassar conteúdos e ou ensinamentos não permitindo que as crianças se expressem de forma espontânea, pois ainda não acreditam que aprendizagens e brincadeiras são elos que se completam no momento de prover o educar principalmente com crianças do ensino infantil e séries iniciais.
E pensando em brincar, como não relembrar de nossas experiências  de criança, andar de bicicleta, correr, pular, jogar bola, brincadeiras desenvolvidas com o grupo, os primos, visinhos, até os adultos participavam, voltavam a ser criança interagindo com os demais ensinando e aprendendo o lado bom de viver a infância. Ser criança, é brincar com tudo, é fazer da vida um poema entre frases e rimas cantando em varias notas, a natureza ao seu entorno.

Releitura da postagem “A LITERATURA E SUAS PROVOCAÇÕES ”


Retomando a postagem cujo o linck  < https://proflualves.blogspot.com/2016/05/a-literatura-e-suas-provocacoes.html > postado em 27/05/2016.
Assim como nesta faixa etária, hoje realizando meu estágio com crianças de dois a três anos percebe se o quanto momentos de leitura são envolventes na turma. Minha turma é fascinada por livros e  adoram que conte e reconte as história, principalmente suas preferidas. Neste período estágio, em que trabalhei cantos e contos, todos os dias dediquei um espaço para histórias narradas, por mim ou por eles buscando promover relações sociais, oralidade, a expressão do pensamento além de introduzi los  ao saber científico.
Conforme  Vygotsky citado por Silva (2010)

Neste período a criança percebe que cada coisa tem um nome, um signo, um significado. A curiosidade desperta e a criança desenvolve seu vocabulário. Desta forma, é no significado da palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal. É no significado, então, que podemos encontrar as respostas às nossas questões sobre a relação entre o pensamento e a fala.

Referencia:

SILVA, S. D. AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM  Publicado em 22 de July de 2010 Disponível em <
https://www.webartigos.com/artigos/aquisicao-da-linguagem/43208 > Acesso em dezembro.2018

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Releitura da postagem “REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PELA MATEMÁTICA”


Revendo a postagem cujo o linck < https://proflualves.blogspot.com/2016/10/representacao-do-mundo-pela-matematica.html > inserida em meu portfólio no dia 30 de outubro de 2016, além dos exemplos dos jogos de encaixe ali inseridos, trago a formas geométricas que abordei neste período de estágio com crianças de dois a três anos.
            Com o objetivo de reforçar as aprendizagens com as formas geométricas adquiridas no decorrer deste período de estágio, desenhei no chão da sala com fita crepe o circulo o triângulo, retângulo e o quadrado, nas quais despertaram olhares curiosos.
Com as várias figuras geométricas em E.V.A, eles deveriam identificar as imagens desenhadas no chão que correspondem com a figura que escolheram. E assim fizemos, participei com eles nas primeiras rodadas e depois eles divertiram se sozinhos.
Alguns entenderam bem a proposta, inclusive antes mesmo de concluir a explicação já estavam colocando as imagens em seus respectivos espaços, até mesmo corrigindo as que não estavam no local que os representam. Outros demoram um pouco, mas com a ajuda dos demais, creio que compreenderam.
Com este jogo, além de nomear as figuras, consegui contemplar a classificação e a seriação, tão fundamentais para a construção dos números.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Releitura da postagem “Brincar de Casinha... também”


Retomando a postagem cujo o linck  < https://proflualves.blogspot.com/2016/06/brincar-de-casinha-tambem.html#comment-form > postado em 25/06/2016.

O jogo simbólico emerge na educação infantil. É no jogo que as crianças descobrem que não são únicos sujeitos da ação, que podem reviver ações do cotidiano através do faz de conta.

É através do jogo de faz de conta, que as crianças aprendem a negociar, a respeitar o ambiente e suas relações, além de exercitarem o desenvolvimento de suas habilidades motoras e progressiva capacidade de pensar,  formando laços afetivos.

Na escola, como professora, explorar a capacidade simbólica da criança através de manifestações espontâneas imitativas e corporais é uma forma de contribuir na construção de valores, atitudes, hábitos deste sujeito.

Em minha concepção e na teias construídas reforço este fazer, incentivar e propiciar momentos de faz de conta da educação infantil é fundamental para a evolução da criança, somente desta forma ela aprendera a resolver seus próprios conflitos. 


Releitura da postagem “O LÚDICO NO CONTEXTO ESCOLAR ”


Retomando a postagem cujo o linck  < https://proflualves.blogspot.com/2016/07/o-ludico-no-contexto-escolar.html#comment-form > postado em 16/07/2016.

Neste sentido, hoje atuando com crianças de dois a três anos, não é diferente. O lúdico faz parte do dia a dia, e a escola como um local de construção e descobertas, busca proporcionar a este educando ativo, ações que o façam desenvolver agindo e problematizando, aprendendo assimilando conteúdos no prolongamento do processo principalmente na exploração material e do espaço.

Uma das formas de mostrar para as famílias o quanto as experiências diferentes com outras pessoas, em outros lugares, como a troca com seus pares é prazerosa, é quando a criança chega em casa contando o que fez, com alegria por suas conquista, isto tudo é subjetividade, é aprendizagem. É infância feliz!


Releitura da postagem “Reflexão: MÍDIA E CONSUMO NA PRODUÇÃO DA INFÂNCIA PÓS-MODERNA"


Retomando a postagem cujo o linck  < https://proflualves.blogspot.com/2015/10/reflexao-midia-e-consumo-na-producao-da.html#comment-form > postado em 13/10/2015.

Sem dúvida as mídias sejam elas digitais, eletrônicas e impressas exercem sua influência na produção de entretenimento, seduzindo e induzindo ao consumo. A infância é o público-alvo mais vulnerável a estas tentações.  

Para isto a indústria de propagandas se empenha em divulgar produtos com apelos infantis dos personagens que fascinam a gurizada. Um exemplo, é a grande diversidade de produtos que carregam os personagens como: FROZEN, PATRULHA CANINA, PEPPA, LOL SURPRISE, etc.

Na escola, fazer uso das tecnologias é inevitável, faz parte da inovação, no entanto, estimular um consumo consciente, ajuda a criança a ter senso critico e a priorizar.

Uma ação que pode ser aplicada aos pequenos, é propor trocas. Que tal, trocar aquele brinquedo que já o fez feliz, por outro, assim usufruindo de uma nova diversão. Este ano, na escola que trabalho, realizamos duas ações com este objetivo, A FEIRA DE TROCA DE BRINQUEDOS e a FEIRA DE TROCA DE LIVROS. Foi um sucesso.

Eles escolheram o livro e o brinquedo para a troca, e não tivemos nenhuma situação que demonstrasse arrependimento.

Fomentar tais atitudes através de trocas, doações, acordos proporciona aos meus alunos novas construções de valores que em pequenas ações amenizando as influencias de um sistema capitalista e consequentemente consumista. 

 


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Releitura da postagem "MECANISMOS DE DEFESA"


Ao rever a postagem cujo o linck < https://proflualves.blogspot.com/2015/11/mecanismos-de-defesa.html > inserida em meu portfólio no dia 25 de novembro de 2015, trata se de uma publicação que esclarece e exemplifica algumas reações inconsciente que temos chamadas “Mecanismos de Defesa – As Defesas do Ego”.
Buscando em minha realidade na educação infantil, um dos mecanismos mais comuns  que percebemos no ambiente escolar é o da negação. Fácil de perceber  principalmente quando algo que pode ser um brinquedo encontra se danificado e/ou quebrado, pergunto:
O que aconteceu? Quem estragou, e/ou quem mexeu aqui?
Como mecanismo de defesa, eles respondem:
Não sei! Não foi eu!  Mesmo que tenha sido ou que saibam o que ocorreu.  
Outro mecanismo que identifiquei recentemente é o da regressão. 
Um menino de três anos que sempre teve o carinho de todos, no entanto ao nascer seu primo ele passou a demonstrar carências, pedir colinho com freqüência e até mesmo na hora do soninho pede para a professora niná lo.  
Ele não fala o que esta acontecendo, esta reação é inconsciente, ele adora o priminho, mas inconscientemente seu nascimento mexeu com seus sentimentos.


Releitura SEMANA 01 e 02 - 31/08 a 06/09/2015

Revendo a postagem cujo o linck < http://proflualves.blogspot.com/search?updated-max=2015-09-23T14:50:00-07:00&max-results=7 > inserida em meu portfólio no dia 23 de setembro de 2015, percebo que para melhor complementar a escrita seria importante em um primeiro momento descrever as três partes da personalidade humana (ID, EGO, SUPEREGO) segundo as teorias freudianas, e como complementação identifica las na rotina docente.

Como exemplo: O ID, seria basicamente a busca de uma satisfação imediata (inconsciente). Neste sentido poderia trazer a reflexão o que é muito comum na educação infantil, uma criança de três anos, brincando com outras, se interessa pelo brinquedo do colega e o toma de suas mãos. Satisfazendo assim seu desejo de imediato.

No entanto, como professora ao ver tal situação, interfere, explicando que o coleguinha estava brincando, que cada um tem o seu momento, com esta atitude o colega ficará triste e muito zangado.  Nesta situação o EGO entra em ação, reconhecendo que outras crianças também tem suas necessidades e desejos e que ser egoísta não seria o melhor caminho para atender o seu desejo.  

O SUPEREGO neste exemplo estará em formação e dependerá dos ensinamentos ao longo de sua vida, como os valores morais, julgamentos e tradições, que formarão sua personalidade. O SUPEREGO tem como característica a auto observação, logo o SUPEREGO definira se realmente esta atitude é correta e/ou aceitável.  
Somente após a construção de todos estes conhecimentos consigo identificar situações que refletem tais conceitos e assim contornar alguns conflitos, comuns na educação infantil. 

 


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Releitura da postagem “ORGANIZAÇÃO DO TEMPO”


            Logo no início do curso em 06 de outubro de 2015, realizei uma publicação disponível em < http://proflualves.blogspot.com/search/label/Semin%C3%A1rio%20Integrador%20II > cujo tema revela uma ferramenta que se bem utilizada facilitaria na organização de nosso tempo.
            Na verdade esta tabela nunca cheguei a utilizar, me faltou organização e disciplina.  No entanto, revendo minhas postagens, creio que este é o momento de colocar em prática, sendo que com o excesso de horas trabalhadas, a corrida natural que sempre ocorre no final de ano, o envolvimento na família, a organização da casa, e contudo colocar em dia nossos compromissos acadêmicos admito que de fato somente é possível alcançar com disciplina, organização e comprometimento para obter êxito no planejamento diário.

terça-feira, 16 de outubro de 2018





Chegamos ao início do eixo VIII, a pouco mais de um semestre para concluirmos nossa graduação. Chegou o momento de por em prática os conhecimentos e competências que o PEAD e a bagagem profissional nos têm proporcionado.
Este é o semestre do ESTAGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÒRIO, que embora já estejamos aproximados com a prática em campo, será neste momento, assumindo a docência que buscamos que passaremos a educar o olhar da observação. “Olhar que envolve ATENÇÃO e PRESENÇA.”(FREIRE, 1996).
Ver e ouvir buscando “sintonia com o ritmo o outro, do grupo, adequando em harmonia ao nosso” ((FREIRE, 1996).
Chegamos ao final do inicio de nosso caminhar, chegou o momento de observar, planejar e com permissão colocar em prática.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

As contribuições de Paulo Freire para a Alfabetização de Jovens e Adultos

disponível em: <https://youtu.be/zeFogTRJiOs>


A educação é dividida em tendências pedagógicas. No Brasil a divisão das práticas pedagógicas na historia da educação e na filosofia ocorre de duas formas, liberais e progressistas. Nas LIBERAIS temos as tendências tradicionais, renovadas, renovada não diretista e tecnicistas, nas PROGRESSISTAS temos as tendência  libertadoras, libertarias e crítico social dos conteudos.
Paulo Reglus Neves Freire , se enquadra na perspectiva de uma tendência libertadora, na qual objetiva um homem livre, liberto, o tornando autônomo e consciente de si no mundo.  Para Paulo Freire, a educação tem o papel fundamental de libertar o homem através da tomada de consciência dos alunos a partir da sua realidade sócio, histórico e cultural e torná-los autônomos   e conscientes do lugar que ocupam na sociedade. 

OS PRINCIPAIS INTEGRANTES DO MOVIMENTO ESCOLA NOVA



“Na virada do século XIX para o XX, encontramos um movimento educacional muito importante denominado de Escola Nova ou de Renovação Pedagógica. Este movimento uniu educadores de vários pontos da Europa e da América do Norte e, aos poucos, foi-se estendendo para muitos países de outros continentes."

Entre outros, os principais  integrantes do movimento da Escola Nova: John Dewey; Ovide Decroly;  Maria Montessori; Célestin Freinet, fizeram uma profunda crítica à escola tradicional, problematizaram o papel do educador, do educando, da organização do trabalho pedagógico e construíram um compromisso com a transformação da escola.

"Os escolanovistas procuraram criar formas de organização do ensino que tivessem as seguintes características: a globalização, o interesse imediato do aluno, a participação dos alunos e da comunidade, uma reorganização da didática e do espaço da sala de aula. Nestas experiências vamos encontrar vários tipos de caminhos como: as unidades didáticas, os centros de interesse e os projetos”.

JOHN DEWEY (1859 - 1952) , "filósofo norte-americano defendia a democracia nos campos institucionais e no interior das escolas, legitimando a liberdade de pensamento como instrumentos para a maturação emocional e intelectual das crianças". 

OVIDE DECROLY (1871-1932) “O médico e educador belga defendia a idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo.”

MARIA MONTESSORI (1870-1952),  Segundo a visão pedagógica da pesquisadora italiana, o potencial de aprender está em cada um de nós.
“Ela acreditava que a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições”, diz Talita de Oliveira Almeida, presidente da Associação Brasileira de Educação Montessoriana”

CÉLESTIN FREINET (1896- 1966) O educador francês desenvolveu atividades hoje comuns, como as aulas-passeio e o jornal de classe, e criou um projeto de escola popular, moderna e  democrática.


Referência:


BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Trabalhando com projetos na Educação Infantil. In: XAVIER, Maria Luisa Merino & DALLA ZEN, Maria Isabel (orgs.). Planejamento em destaque: análises menos convencionais. 3ª edição. Porto Alegre: Mediação, 2003. p.65-66

FERRARI, M. John Dewey, o pensador que pôs a prática em foco Nova Escola, 2008 disponível em < https://novaescola.org.br/conteudo/1711/john-dewey-o-pensador-que-pos-a-pratica-em-foco  > Acesso em maio de 2018

FERRARI, M. Ovide Decroly, o primeiro a tratar o saber de forma única Nova Escola, 2008 disponível em < https://novaescola.org.br/conteudo/1851/ovide-decroly-o-primeiro-a-tratar-o-saber-de-forma-unica  > Acesso em maio de 2018

 

FERRARI, M. Maria Montessori, a médica que valorizou o aluno Nova Escola, 2008 disponível em < https://novaescola.org.br/conteudo/459/medica-valorizou-aluno  > Acesso em maio de 2018

 

FERRARI, M. Célestin Freinet, o mestre do trabalho e do bom senso Nova Escola, 2008 disponível em < https://novaescola.org.br/conteudo/1754/celestin-freinet-o-mestre-do-trabalho-e-do-bom-senso   > Acesso em maio de 2018

CONCEITUANDO INOVAÇÕES PEDAGÓGICA

Ao tomar a inovação como algo abstrato, perde-se a noção de que ela se realiza em um contexto histórico e social, porque é um processo humano. A inovação existe em determinado lugar, tempo e circunstância, como produto de uma ação humana sobre o ambiente ou meio social. (CUNHA, 2008, p. 23)

Embora, quando pensamos em inovação, direcionamos as idéias a novidades tecnológicas, o artigo revela experiências relatadas pelos professores de forma micro e macro nas diferentes compreensões de inovação e da natureza de cada uma delas. Sejam elas caracterizadas pela ruptura com a forma tradicional de ensinar e aprender, a gestão participativa, a reconfiguração dos saberes, a reorganização da relação teoria/prática, da inovação pedagógica que se manifesta pela perspectiva orgânica no processo de concepção, desenvolvimento e avaliação da experiência desenvolvida, a mediação, e o protagonismo.
Cabe registrar que os movimentos dos professores em direção às possibilidades inovadoras, na grande maioria dos casos estudados, têm origem em situações-problema, ou seja, partem de algum desconforto vivido pelos docentes no trato do conhecimento ou no sucesso da aprendizagem de seus alunos. (CUNHA, 2008, p. 28)

REFERÊNCIA


CUNHA, M. I.  Inovações pedagógicas: o desafio da reconfiguração de saberes na docência universitária, USP, São Paulo, 2008. Disponível em < http://porteiras.r.unipampa.edu.br/portais/cap/files/2010/10/maria_isabel_da_cunha_caderno_VI.pdf > acesso em junho de 2018.

terça-feira, 12 de junho de 2018

RELATO - EXERCITANDO A OBSERVAÇÃO


Minha sobrinha de apenas cinco anos foi visitar os avós na chácara onde moram, assim como ela, todos da família se reuniram para trocar ideias, novidades, abraçar os irmãos e saborear uma deliciosa feijoada. 
Esta época, é apropriada para estas refeições, estava frio, e chuvoso, ideal para manter aceso o fogo do fogão a lenha. 
Outono é a estação dos frutos, período ideal para colher bergamotas e laranjas, e assim o fizemos. Depois do almoço, louça lavada, fomos ao pomar. Enchemos algumas sacolinhas, inclusive minha sobrinha, que ao enchê-las mal conseguia carregá-las. Após a colheita, quando retornamos, Yasmim escreveu com um brilho nos olhos, seu nome na sacola que havia enchido separando desta forma as bergamotas e laranjas que colheu,  alegando que estas seriam para sua família.
Neste momento, lembrei-me das falas de Paulo Freire, que emocionado pela significação simbólica, percebida na expressão transmitida de seu aluno ao escrever e ler o nome de sua esposa que segundo ele sentiu naquele momento uma "espécie de alivio centenário". 
Conforme Freire, "A educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática". 
Yasmin, repetiu este feito, independente do estadio de desenvolvimento que se encontra, colocou em prática a teoria do conhecimento adquirido na escola ou no convívio familiar, separando, e escrevendo o seu nome na sacolinha com os frutos que colheu. 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

RELATO SOBRE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM


O Mini Maternal IB ( 2 a 3 anos), no qual atuo como auxiliar no turno da manhã, é composto por doze alunos, sendo cinco meninas e oito meninos. Dentro de nossa rotina diária, reservamos um espaço na sala de aula para contação de histórias cantadas ou não.
A história cantada cujo nome “Caçar Ursinho, tem se repetido por muitas vezes em nossas rodas, a pedido das crianças, atendendo em sua totalidade os objetivos específicos da proposta, e oportunizando alguns campos de experiência como:  
·         O eu, o outro e o nós;
·         Corpo, gestos e movimento;
·         Escuta, fala, linguagem e pensamento.
Desta forma, percebendo o interesse dos alunos, empregamos a história cantada como aliada nas experiências de movimento corporal, imaginação, criação, construção, favorecendo a interação do eu com o outro visto que todos já possuem uma fala linguística.
Nesta atividade, assim como muita outras é possível perceber as diferenças do grupo. No geral todos participam, como citado anteriormente, eles pedem para cantar, no entanto o desenvolvimento da linguagem é bastante diferente entre eles. Temos alunos que claramente imitam expressões utilizadas por outros, outros comunicam se por holofrase, alguns já conseguem formar pequenas frases cometendo alguns erros processuais e a maioria já sabe o que gosta e o que quer fazer ou não.
Quanto às origens da imagem mental na imitação sensório motora, a investigação do autor, revela um processo em evolução da imitação (atividade imitativa), da interiorização da coordenação dos esquemas que são condições previas para a “constituição da função sinbólica, isto é, da capacidade do sujeito de diferenciar significantes e significados”. (Dongo Montoya, 2006, p. 123)

A linguagem, enquanto sistema de signos, implica significantes (gestos ou  palavras articuladas) que se reportam a objetos mediados por conceitos ou “pré-conceitos”, os quais se apóiam, sobretudo nas fases inicias, nas imagens mentais.
A aquisição da linguagem encontra-se, portanto, atrelada à constituição da capacidade humana de representar, isto é, de diferenciar significantes e significados, e por isso, ao exercício da função simbólica. (Dongo Montoya, 2006, p. 123)

Para Vygotsky citado por Silva (2010)

Neste período a criança percebe que cada coisa tem um nome, um signo, um significado. A curiosidade desperta e a criança desenvolve seu vocabulário. Desta forma, é no significado da palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal. É no significado, então, que podemos encontrar as respostas às nossas questões sobre a relação entre o pensamento e a fala.

            Vygotsky, destaca que neste período de desenvolvimento da criança que ocorre com aproximadamente dois anos, é o momento pelo qual  pensamento e linguagem se unem para a formação da fala racional ou pensamento verbal.


Referências

Caçar Ursinho In Blog da Profe Suzana, Publicado em 31 de janeiro de 2010 Disponível em < http://suzilovison.blogspot.com.br/2010/01/cacar-ursinho.html> Acesso em maio 2018

DONGO MONTOYA, A. O. Pensamento e linguagem: percurso piagetiano de investigação. In: Psicologia em Estudo. Maringá, v. 11, n.1, p. 119-127, jan-abr. 2006.

SILVA, S. D. AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM  Publicado em 22 de July de 2010 Disponível em < https://www.webartigos.com/artigos/aquisicao-da-linguagem/43208 > Acesso em maio.2018



EXPERIÊNCIA COMO USO DE TECNOLOGIAS EM PROPOSTA PEDAGÓGICA


No início do ano, solicitamos aos responsáveis que enviassem umas duas ou três fotos do aluno no convívio familiar.
Os registros fotográficos são fontes importantíssimas de reflexão, através dela é possível aperfeiçoar a capacidade de leitura das imagens, resgatando memórias de experiências vividas.  [...] a fotografia traz consigo o âmago da veracidade incontestável dos fatos por ela registrados.  (FELIZARDO, SAMAIN, p.210)
Conforme as imagens foram chegando, penduramos na sala de forma que todos tivessem acesso. A princípio a ideia era deixa las penduradas por um mês, no entanto, a proposta deu tão  certo que estendemos nosso prazo.
Começamos a observar que os alunos paravam em frente às fotos por muitas vezes durante o dia, e ali ficavam contemplando suas próprias imagens e dos seus colegas.
Desta forma, percebendo o interesse dos alunos, passamos a utilizar as fotos como aliada nas experiências de movimento corporal, imaginação, criação, construção, favorecendo a interação do eu com o outro visto que todos já possuem uma fala linguística.
Nesta atividade, assim como muita outras é possível perceber as diferenças do grupo. No geral todos participam, como citado anteriormente, eles se reconhecem, reconhecem seus familiares, inclusive a situação em que a foto foi tirada, e identificam os colegas das demais imagens. Para exemplificar, tem uma das imagens, que aparece a mãe gestante e o pai, quando pergunto onde esta você nesta foto, ele fala: Estou aqui, dentro da barriga da mamãe. Todos os colegas já sabem, e não contestam.
Nessa perspectiva, as pesquisas de Piaget certificam a construção e o desenvolvimento dos alunos de nossa turma, onde “a explicação das origens da linguagem e do pensamento é buscada na interiorização do esquematismo sensório motor da criança; portanto, na atividade construtivista do sujeito”. (DONGO MONTOYA, 2006, p. 120).
No entanto, não podemos desconsiderar as experiências de  Vygotsky que “acredita que a aquisição da linguagem na criança se dá devido à interação que a mesma possui com o ambiente que a rodeia e o convívio com outros da espécie.”(SILVA, 2010).

Referências



DONGO MONTOYA, A. O. Pensamento e linguagem: percurso piagetiano de investigação. In: Psicologia em Estudo. Maringá, v. 11, n.1, p. 119-127, jan-abr. 2006.

FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007. Disponível em: <http://http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246 > Acesso em maio 2018.

SILVA, S. D. AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM  Publicado em 22 de July de 2010 Disponível em < https://www.webartigos.com/artigos/aquisicao-da-linguagem/43208 > Acesso em maio 2018

sábado, 2 de junho de 2018

Os principais desafios para a EJA no Brasil

Em análise ao material ofertado, acreditamos que atualmente o maior desafio para a EJA é colocar em prática as renovações propostas em 1958, na presidência de Kubitscheck que no “Congresso de Educação de Adultos” destacou as experiências “do grupo de Pernambuco liderado por Paulo Freire”, que [...] caracterizou por inovações pedagógicas enfatizando uma educação com o homem e não para o homem. Propunha uma renovação dos métodos e processos educativos, abandonando os processos estritamente auditivos em que o discurso seria substituído pela discussão e participação do grupo. (FRIEDRICH, M. et al., 2010, p. 396 apud PAIVA, 1973)  
            Sessenta anos se passaram, e os mesmos desafios ainda são almejados, na busca de novas metodologias, o reconhecimento do direito do jovens e adultos a uma educação de qualidade, que considere os interesses deste público alvo, articulando com suas necessidades propiciando que a  “entrada no mundo do trabalho lhe proporcione condições melhores de vida”.

Nas políticas públicas aligeiradas que observamos hoje no Brasil, a modalidade de ensino que constitui a EJA apresenta-se como um direito do cidadão, tentando afastar-se da ideia de compensação e assumindo a reparação e equidade, aprendizagem e qualificação permanentes e não de caráter suplementar, mas fundamental. Nesta ótica defronta-se com uma flagrante contradição entre o poder econômico e o enriquecimento sociocultural na possibilidade da transformação do trabalhador como detentor de seu próprio capital humano ( FRIEDRICH, M. et al., 2010, p. 403 apud RUMMERT, 2007).


            Outras questões desafiam a intencionalidade da EJA, entre elas o cumprimento  das funções equalizadoras, reparadoras e qualificadoras, que se constituem no objetivo dos pareceres CNE/CEB 11 de 2000, p. 10,   CNE/CEB 11 de 2000, p. 9.

REFERÊNCIA

FRIEDRICH, M. et al.  Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. In: Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 389-410, abr./jun. 2010 

domingo, 27 de maio de 2018

COMÊNIO (João Amos Komensky 1592-1670) O PAI DA DIDÁTICA


João Amos Komensky, conhecido pelo seu nome latinizado Comenius – que abrasileiramos em Comênio – nasceu em 1592, em Niwnitz, na Moravia vindo a falecer em 1670 em Amsterdã aos 78 anos.

Considerado o pai da didática, Comênio, em sua trajetória publicou em 1616 seu primeiro livro: Gramatica facilioris preacepta (Preceitos para uma gramática facilmente ensinada), em 1630 – Conclui a redação de sua Didática Tcheca, iniciada em 1627 e 1638 – Conclui a Didática Magna (tradução latina da Didática Tcheca) sendo que a partir de 1641 a 1650 – fez viagens com a finalidade de implantar reformas educacionais – Inglaterra, Holanda, Suécia, Hungria.
GASPARIN, salienta em sua escrita  que no contexto histórico da constituição da didática comeniana , “os princípios gerais da didática exprimem o espírito  conservador e renovador do momento” logo, as aulas continuavam expositivas, onde o professor fala e ao aluno cabe ouvir, no entanto “a imitação da natureza, a observação e experimentação”, passam a fazer parte dos “processos das artes mecânicas, os métodos da nova forma de trabalho e da ciência”.
Para Comenio a didática era a prática de educar e oficio de ensinar, sendo entre suas varias produções literárias o desenvolvimento do “livro didático, o “Orbis Sensualim Pictus” (o mundo desenhado), onde através deste  único livro destinado a alfabetização e frases em latim, os alunos pudessem “aprender a ler, escrever e conhecer o mundo a partir da visualização.” Para isto, ele “juntou gravuras, frases simples,  sons e letras”. Praticamente uma cartilha , utilizado nas escolas  por mais de séculos.
         Embora tenhamos uma “distância de mais de 300 anos”, Comênio (João Amos Komensky) apresentava ideias que nos dias de hoje norteiam a educação. Mesmo considerando que “vários elementos não correspondem mais ao nosso contexto, principalmente os aspectos religiosos e as explicações a partir de um certo olhar sobre a natureza” (DOLL e ROSA, 2004, 26-29).
         A Didática Magna (1657), que constituía se como método universal de ensinar tudo a todos, abordava um “conjunto de reflexões e sugestões, desde os objetivos gerais da educação”, “preparação para a vida eterna” “até aspectos concretos do cotidiano escolar, como comportamento do professor em relação aos seus alunos”.  
         Logo, Comenio estava além de seu tempo, com suas idéias que defendiam uma educação igualitária, inclusiva, para homens, mulheres, ricos e pobres, através de uma  pedagogia relacional, construtivista que fundamentava se no entendimento, conservação e práxis, atingindo qualidades de aquisição, virtudes e religiosidades.
         Em nosso cotidiano escolar,  a educação voltada para todos onde conforme índice da Didática Magna, em “IX. Toda a juventude de ambos os sexos deve ser enviada às escolas, X. Nas escolas a educação deve ser universal”, onde se pressupõe um ensino para todos, ricos, pobres, homens, mulheres; a inclusão, tendo uma escola  aberta a convivência, aceitação, respeito perante o outro que consiste em uma realidade garantida por lei através do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) criado no ano de 1990 através da Lei 8.069, a inclusão propriamente dita, ainda nos dias de hoje mesmo com todas a leis que as amparam tem sido debatida, questionada, pois em nossas realidades sabemos que  muitas escolas são excludentes, desde das questões sociais, ate mesmo a questão de logísticas, materiais e espaço adequado para receber este sujeito.
         Ainda neste sentido em “VII. A formação do homem faz-se com muita facilidade na primeira idade, e chego a dizer que não pode fazer-se senão nessa idade.” , reafirmando as concepções atuais em que nesta etapa a criança passa por importantes processos de desenvolvimento, influenciados pelo contexto que se insere. Sendo que, é na infância período pelo qual a criança desenvolve-se e desperta sentidos, a imaginação, capacidade e processos cognitivos.
         No entanto, ao abordar o realismo no ensino na relação escola X aluno, “Comênio acusa as escolas de formarem alunos que normalmente só conseguem repetir nomes e conceitos sem compreenderam do que estão falando”, fato que reincide nos dias de hoje, no entanto sua proposta de experiências e aquisição de aprendizagens por observações tem sido difundido  no modelo construção que almejamos.
         O destaque ao bom relacionamento  que Comênio atribui entre professor e aluno, traz a ideia de uma aprendizagem mutua, através em um ambiente de exploração, de construção,  resultando em descobertas, no entanto ainda nos encontramos engessados a metodologias ultrapassadas, fazendo necessária uma mediação pedagógica para que educadores desenvolvam sensibilidades ética, estética e política em seu cotidiano.

Referência:

COMÉNIO, João Amós. Didácta Magna: tratado da arte de ensinar tudo a todos. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. 525 p.

GASPARIN, João Luiz. Comênio ou da arte de ensinar tudo a todos. Campinas: Papirus, 1994. p. 41-42.

NARADOWSKI, Mariano. Comenius & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

O QUE É CENTRO DE INTERESSE?


Centro de interesse, é uma estratégia pedagógica criada por Jean-Ovide Decroly, que consiste em apresentar trabalhos cujo os temas selecionados abordem a realidade próxima da criança, “[...] que estão na linha de seus interesses” ”(CINEL, 2004, p. 33), a serem abordados de forma globalizante, atendendo suas necessidades vitais, oportunizando aprendizagens nas áreas, cognitivas, afetivas e das habilidades do sujeito.
Conforme Cinel,
Os temas dos chamados Centros de Interesse surgiram, imprescindivelmente, das necessidades vitais das crianças, definidos por Decroly no início do século XX, como:
·         de alimentação (alimentar-se, respirar, etc.);
·         de luta contra as intempéries (frio, calor, vento, umidade, etc.);
·         de agir, trabalhar solidariamente, descansar, divertir-se, desenvolver-se;
·         de defesa contra perigos e inimigos vários (falta de limpeza, falta de higiene, moléstias, acidentes, etc.).  (2004, P. 33)

Referência:

CINEL, Nora Cecília Bocaccio. Centros de Interesse: estratégia utiliza Multidisciplinaridade para o desenvolvimento global. Revista do Professor, Porto Alegre, n. 78, ano 20, p. 32-36, abr./jun. 2004.

domingo, 20 de maio de 2018

Planejamento: em busca de caminhos

As experiências iniciais vividas por Rodrigues decorrentes de como a prática mecanizada  do planejamento nas escola ocorre ainda nos dias de hoje, na qual apontam procedimentos,

[...] adotados através dos quais era sempre possível identificar o de "aula expositiva dialogada e de trabalho em grupo", e, por fim, como se fosse mesmo o fim, estava a avaliação encabeçada pela seguinte frase "o aluno será considerado satisfatório se...". (RODRIGUES)

Logo uma mecanização instalada e aceita, adequada apenas para atender as medidas burocráticas das instituições.
Neste sentido Rodrigues cita em sua escrita que “havia um interesse em que a prática de planejar fosse mecânica, em nome de uma "neutralidade".
A necessidade de um planejamento coletivo mediante a todo este contexto passou a fazer parte do objetivo de Rodrigues, no qual passou a trabalhar com a formulação de que;

Era preciso traba­lhar com referências e para tanto sugeria três questões básicas: o que queremos alcançar? A que distância estamos daquilo que queremos alcançar? O que faremos concretamente (em tal prazo) para diminuir esta distância? (RODRIGUES)

Mediante estes argumentos, o planejamento segundo Gandin, 1995, p. 22,

[...] Elaborar - decidir que tipo de sociedade e homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; Executar - agir em conformidade com o que foi proposto e; Avaliar - revisar sempre cada um desses momentos e cada uma dessas ações, bem como cada um dos documentos deles derivados. (apud ZEN E XAVIER, 2011, p. 32  )

                Logo, o planejamento vem do processo sistemático em que devemos , preparar, realizar e acompanhar todo seu desenvolvimento, aliando [...] “para que” ao “como”, através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também , elemento indissociável do processo.( ZEN E XAVIER, 2011, p. 32)
“Estabelecer referências, buscar intencionalidades”, foi a chave para a prática ação pedagógica amparada por “pressupostos teóricos que explicitem concepções.” Os pressupostos teóricos baseados na organização teórica e metodológica, são os princípios necessários segundo a autora para a “aproximação da prática aos ideais e vice-versa”, promovendo desta forma a reflexão sobre a ação.
Buscando explicações das concepções que permeiam a práticas dos estabelecimentos educacionais, “Um bom exercício é pensarmos quais são as nossas concepções, elegendo alguns eixos como "sociedade, homem, co­nhecimento, educação, aprendizagem, currículo e cultura".
Neste sentido, Santomé (1998, p.187) nos auxilia na argumentação a favor de um currículo que priorize a integração: (apud RODRIGUES)
No entanto como um forma de encadear os entendimentos até então desenvolvidos, segue elementos básicos para o esboço de um planejamento didático pedagógico:
Conforme Zen e Xavier, 2011, p. 40, são eles;

•  objetivos é preciso explicitá-los, tendo como questões básicas o quê” e “para quê”; 
  • justificativa toda proposta tem uma origem, um porquê; 
  • temática apresentação do eixo integrador; 
  • estratégias momento do "como" ser explicitado; 
  • localização onde será desenvolvido? Para quem? É importante esta caracterização, deixando esclarecido o contexto; 
  • recursos qual o apoio necessário, em termos de materiais, meios a serem utilizados; 
  • avaliação como acompanhamento permanente do processo, re­velar os indicadores, critérios de avaliação. 
Referências

RODRIGUES, M. B. C. Planejamento: em busca de caminhos, 2016 Disponível em < http://principo.org/planejamento-em-busca-de-caminhos.html > Acesso em 2018

 

ZEN, M. I. H. D, XAVIER, M.  L. M. (Orgs) Planejamento em destaque: Análises menos convencionais Porto Alegre, Editora Mediação, 2011. (28 a 41)

O QUE É CURRÍCULO INTEGRADO?

Todo currículo refere se a uma utilidade social que atenda as necessidades da comunidade discente de compreender  a sociedade na qual estão inseridos e a partir destas compreensões ser capaz  de se localizarem  “dentro da comunidade como pessoas autônomas, críticas, democráticas e solidárias.

“Um currículo integrado, nas palavras de Santomé (1996:62),é o produto de uma "filosofia sociopolítica" e de uma "estratégia didática" o qual tem como referência um ideal de sociedade a que se aspira, uma concepção do que significa socializar as novas gerações, um sentido e valor do conhecimento e, além disso, pre­ocupa-se com o "como facilitar os processos de ensino aprendi­zagem". “(apud RODRIGUES)

            Dentro da currículo integrado temos a interdisciplinariedade sendo que a mesma “é uma filosofia que requer convicção e, o que é mais importante, colaboração; nunca pode estar apoiada em coerções ou imposições. (1998, p. 79). ”

[...] Paulo Freire, educador incansável na defesa de uma pedagogia da pergunta, da curiosidade, inversa da fragmentação, da imposição, do depósito de conhecimentos. (apud ZEN e XAVIER, 2011, 33)


Referência


RODRIGUES, M. B. C. Planejamento: em busca de caminhos, 2016 Disponível em < http://principo.org/planejamento-em-busca-de-caminhos.html > Acesso em 2018


ZEN, M. I. H. D, XAVIER, M.  L. M. (Orgs) Planejamento em destaque: Análises menos convencionais Porto Alegre, Editora Mediação, 2011. (28 a 41)

domingo, 29 de abril de 2018

AS CONTRIBUIÇÕES DE UM BOM RESUMO



A análise das cenas (situação-problema), realizada na aula presencial de seminário integrador da última semana, na qual autorizava utilizar como suporte teórico os resumos de quatro artigos, disponibilizados pela interdisciplina, comprovou e nos alertou o quanto bons resumos podem facilitar na compreensão, escrita, aprendizagem e inclusive na oralidade.

Em relação escrita, e me auto avaliando, resumo e análise poderiam ser melhor contextualizados. No resumo, procurei direcionar as leituras entre elas, porém, na atividade de analisar cenas muito presentes em nossa realidade docente, faltou argumentação que certamente enriqueceriam a escrita.