sábado, 2 de junho de 2018

Os principais desafios para a EJA no Brasil

Em análise ao material ofertado, acreditamos que atualmente o maior desafio para a EJA é colocar em prática as renovações propostas em 1958, na presidência de Kubitscheck que no “Congresso de Educação de Adultos” destacou as experiências “do grupo de Pernambuco liderado por Paulo Freire”, que [...] caracterizou por inovações pedagógicas enfatizando uma educação com o homem e não para o homem. Propunha uma renovação dos métodos e processos educativos, abandonando os processos estritamente auditivos em que o discurso seria substituído pela discussão e participação do grupo. (FRIEDRICH, M. et al., 2010, p. 396 apud PAIVA, 1973)  
            Sessenta anos se passaram, e os mesmos desafios ainda são almejados, na busca de novas metodologias, o reconhecimento do direito do jovens e adultos a uma educação de qualidade, que considere os interesses deste público alvo, articulando com suas necessidades propiciando que a  “entrada no mundo do trabalho lhe proporcione condições melhores de vida”.

Nas políticas públicas aligeiradas que observamos hoje no Brasil, a modalidade de ensino que constitui a EJA apresenta-se como um direito do cidadão, tentando afastar-se da ideia de compensação e assumindo a reparação e equidade, aprendizagem e qualificação permanentes e não de caráter suplementar, mas fundamental. Nesta ótica defronta-se com uma flagrante contradição entre o poder econômico e o enriquecimento sociocultural na possibilidade da transformação do trabalhador como detentor de seu próprio capital humano ( FRIEDRICH, M. et al., 2010, p. 403 apud RUMMERT, 2007).


            Outras questões desafiam a intencionalidade da EJA, entre elas o cumprimento  das funções equalizadoras, reparadoras e qualificadoras, que se constituem no objetivo dos pareceres CNE/CEB 11 de 2000, p. 10,   CNE/CEB 11 de 2000, p. 9.

REFERÊNCIA

FRIEDRICH, M. et al.  Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. In: Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 389-410, abr./jun. 2010 

Nenhum comentário:

Postar um comentário