Minha sobrinha de apenas cinco anos
foi visitar os avós na chácara onde moram, assim como ela, todos da família se
reuniram para trocar ideias, novidades, abraçar os irmãos e saborear uma
deliciosa feijoada.
Esta época, é apropriada para estas refeições,
estava frio, e chuvoso, ideal para manter aceso o fogo do fogão a lenha.
Outono é a estação dos frutos, período ideal
para colher bergamotas e laranjas, e assim o fizemos. Depois do almoço, louça
lavada, fomos ao pomar. Enchemos algumas sacolinhas, inclusive minha sobrinha,
que ao enchê-las mal conseguia carregá-las. Após a colheita, quando retornamos,
Yasmim escreveu com um brilho nos olhos, seu nome na sacola que havia enchido separando
desta forma as bergamotas e laranjas que colheu, alegando que estas seriam para sua família.
Neste momento, lembrei-me das falas de Paulo
Freire, que emocionado pela significação simbólica, percebida na expressão
transmitida de seu aluno ao escrever e ler o nome de sua esposa que segundo
ele sentiu naquele momento uma "espécie de alivio centenário".
Conforme Freire, "A educação, qualquer que
seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática".
Yasmin, repetiu este feito, independente do estadio de desenvolvimento que se encontra, colocou em prática a teoria do conhecimento adquirido na escola ou no convívio familiar, separando, e escrevendo o seu nome na sacolinha com os frutos que colheu.
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