domingo, 20 de maio de 2018

Planejamento: em busca de caminhos

As experiências iniciais vividas por Rodrigues decorrentes de como a prática mecanizada  do planejamento nas escola ocorre ainda nos dias de hoje, na qual apontam procedimentos,

[...] adotados através dos quais era sempre possível identificar o de "aula expositiva dialogada e de trabalho em grupo", e, por fim, como se fosse mesmo o fim, estava a avaliação encabeçada pela seguinte frase "o aluno será considerado satisfatório se...". (RODRIGUES)

Logo uma mecanização instalada e aceita, adequada apenas para atender as medidas burocráticas das instituições.
Neste sentido Rodrigues cita em sua escrita que “havia um interesse em que a prática de planejar fosse mecânica, em nome de uma "neutralidade".
A necessidade de um planejamento coletivo mediante a todo este contexto passou a fazer parte do objetivo de Rodrigues, no qual passou a trabalhar com a formulação de que;

Era preciso traba­lhar com referências e para tanto sugeria três questões básicas: o que queremos alcançar? A que distância estamos daquilo que queremos alcançar? O que faremos concretamente (em tal prazo) para diminuir esta distância? (RODRIGUES)

Mediante estes argumentos, o planejamento segundo Gandin, 1995, p. 22,

[...] Elaborar - decidir que tipo de sociedade e homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; Executar - agir em conformidade com o que foi proposto e; Avaliar - revisar sempre cada um desses momentos e cada uma dessas ações, bem como cada um dos documentos deles derivados. (apud ZEN E XAVIER, 2011, p. 32  )

                Logo, o planejamento vem do processo sistemático em que devemos , preparar, realizar e acompanhar todo seu desenvolvimento, aliando [...] “para que” ao “como”, através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também , elemento indissociável do processo.( ZEN E XAVIER, 2011, p. 32)
“Estabelecer referências, buscar intencionalidades”, foi a chave para a prática ação pedagógica amparada por “pressupostos teóricos que explicitem concepções.” Os pressupostos teóricos baseados na organização teórica e metodológica, são os princípios necessários segundo a autora para a “aproximação da prática aos ideais e vice-versa”, promovendo desta forma a reflexão sobre a ação.
Buscando explicações das concepções que permeiam a práticas dos estabelecimentos educacionais, “Um bom exercício é pensarmos quais são as nossas concepções, elegendo alguns eixos como "sociedade, homem, co­nhecimento, educação, aprendizagem, currículo e cultura".
Neste sentido, Santomé (1998, p.187) nos auxilia na argumentação a favor de um currículo que priorize a integração: (apud RODRIGUES)
No entanto como um forma de encadear os entendimentos até então desenvolvidos, segue elementos básicos para o esboço de um planejamento didático pedagógico:
Conforme Zen e Xavier, 2011, p. 40, são eles;

•  objetivos é preciso explicitá-los, tendo como questões básicas o quê” e “para quê”; 
  • justificativa toda proposta tem uma origem, um porquê; 
  • temática apresentação do eixo integrador; 
  • estratégias momento do "como" ser explicitado; 
  • localização onde será desenvolvido? Para quem? É importante esta caracterização, deixando esclarecido o contexto; 
  • recursos qual o apoio necessário, em termos de materiais, meios a serem utilizados; 
  • avaliação como acompanhamento permanente do processo, re­velar os indicadores, critérios de avaliação. 
Referências

RODRIGUES, M. B. C. Planejamento: em busca de caminhos, 2016 Disponível em < http://principo.org/planejamento-em-busca-de-caminhos.html > Acesso em 2018

 

ZEN, M. I. H. D, XAVIER, M.  L. M. (Orgs) Planejamento em destaque: Análises menos convencionais Porto Alegre, Editora Mediação, 2011. (28 a 41)

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