As experiências iniciais vividas por Rodrigues decorrentes
de como a prática mecanizada do planejamento nas escola
ocorre ainda nos dias de hoje, na qual apontam procedimentos,
[...] adotados através dos quais era sempre possível
identificar o de "aula expositiva dialogada e de trabalho em grupo",
e, por fim, como se fosse mesmo o fim, estava a avaliação encabeçada pela
seguinte frase "o aluno será considerado satisfatório se...". (RODRIGUES)
Logo uma
mecanização instalada e aceita, adequada apenas para atender as medidas
burocráticas das instituições.
Neste sentido Rodrigues cita em sua escrita que “havia um
interesse em que a prática de planejar fosse mecânica, em nome de uma
"neutralidade".
A necessidade de um planejamento coletivo mediante a todo
este contexto passou a fazer parte do objetivo de Rodrigues, no qual passou
a trabalhar com a formulação de que;
Era preciso trabalhar com
referências e para tanto sugeria três questões básicas: o que queremos
alcançar? A que distância estamos daquilo que queremos alcançar? O que faremos
concretamente (em tal prazo) para diminuir esta distância? (RODRIGUES)
Mediante estes argumentos, o planejamento segundo Gandin,
1995, p. 22,
[...] Elaborar - decidir que tipo de
sociedade e homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para
isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se
está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série
orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o
resultado final estabelecido; Executar - agir em conformidade com o que foi
proposto e; Avaliar - revisar sempre cada um desses momentos e cada uma dessas
ações, bem como cada um dos documentos deles derivados. (apud ZEN E
XAVIER, 2011, p. 32 )
Logo,
o planejamento vem do processo sistemático em que devemos , preparar, realizar
e acompanhar todo seu desenvolvimento, aliando [...] “para que” ao “como”,
através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também ,
elemento indissociável do processo.( ZEN E XAVIER, 2011, p. 32)
“Estabelecer referências, buscar intencionalidades”, foi a
chave para a prática ação pedagógica amparada por “pressupostos teóricos que
explicitem concepções.” Os pressupostos teóricos baseados na organização
teórica e metodológica, são os princípios necessários segundo a autora para a
“aproximação da prática aos ideais e vice-versa”, promovendo desta forma a
reflexão sobre a ação.
Buscando explicações das concepções
que permeiam a práticas dos estabelecimentos educacionais, “Um bom exercício é
pensarmos quais são as nossas concepções, elegendo
alguns eixos como "sociedade, homem, conhecimento, educação,
aprendizagem, currículo e cultura".
Neste sentido, Santomé (1998, p.187) nos auxilia na
argumentação a favor de um currículo que priorize a integração: (apud
RODRIGUES)
No entanto como um forma de encadear os entendimentos até então
desenvolvidos, segue elementos básicos para o esboço de um planejamento didático
pedagógico:
Conforme Zen e Xavier, 2011, p. 40, são eles;
• objetivos
é preciso explicitá-los, tendo como questões básicas “o quê” e
“para quê”;
- justificativa toda proposta
tem uma origem, um porquê;
- temática apresentação do eixo integrador;
- estratégias momento do
"como" ser explicitado;
- localização onde será
desenvolvido? Para quem? É importante esta caracterização, deixando
esclarecido o contexto;
- recursos qual o apoio
necessário, em termos de materiais, meios a serem utilizados;
- avaliação como acompanhamento
permanente do processo, revelar os indicadores, critérios de avaliação.
Referências
RODRIGUES,
M. B. C. Planejamento: em busca de caminhos, 2016
Disponível em < http://principo.org/planejamento-em-busca-de-caminhos.html
> Acesso em 2018
ZEN, M. I. H. D, XAVIER, M. L.
M. (Orgs) Planejamento em destaque: Análises menos convencionais
Porto Alegre, Editora Mediação, 2011. (28 a 41)
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