O Mini Maternal IB ( 2 a 3 anos), no qual atuo como
auxiliar no turno da manhã, é composto por doze alunos, sendo cinco meninas e
oito meninos. Dentro de nossa rotina diária, reservamos um espaço na sala de aula para contação de histórias cantadas
ou não.
A
história cantada cujo nome “Caçar Ursinho”, tem se repetido por muitas vezes em nossas rodas, a
pedido das crianças, atendendo em sua totalidade os objetivos específicos da
proposta, e oportunizando alguns campos de experiência como:
·
O
eu, o outro e o nós;
·
Corpo,
gestos e movimento;
·
Escuta,
fala, linguagem e pensamento.
Desta forma, percebendo o
interesse dos alunos, empregamos a história cantada como aliada nas
experiências de movimento corporal, imaginação, criação, construção, favorecendo
a interação do eu com o outro visto que todos já possuem uma fala linguística.
Nesta atividade, assim como muita
outras é possível perceber as diferenças do grupo. No geral todos participam,
como citado anteriormente, eles pedem para cantar, no entanto o desenvolvimento
da linguagem é bastante diferente entre eles. Temos alunos que claramente
imitam expressões utilizadas por outros, outros comunicam se por holofrase, alguns
já conseguem formar pequenas frases cometendo alguns erros processuais e a maioria já sabe o que
gosta e o que quer fazer ou não.
Quanto às origens da imagem mental na imitação sensório motora, a
investigação do autor, revela um processo em evolução da imitação (atividade
imitativa), da interiorização da coordenação dos esquemas que são condições previas
para a “constituição da função sinbólica, isto é, da capacidade do sujeito de
diferenciar significantes e significados”. (Dongo Montoya, 2006, p. 123)
A linguagem, enquanto sistema de signos, implica significantes (gestos
ou palavras articuladas) que se reportam
a objetos mediados por conceitos ou “pré-conceitos”, os quais se apóiam,
sobretudo nas fases inicias, nas imagens mentais.
A aquisição da linguagem encontra-se, portanto,
atrelada à constituição da capacidade humana de representar, isto é, de diferenciar
significantes e significados, e por isso, ao exercício da função simbólica. (Dongo
Montoya, 2006, p. 123)
Para Vygotsky citado por Silva (2010)
Neste período a criança percebe que cada
coisa tem um nome, um signo, um significado. A curiosidade desperta e a criança
desenvolve seu vocabulário. Desta forma, é no significado da palavra que o
pensamento e a fala se unem em pensamento verbal. É no significado, então, que
podemos encontrar as respostas às nossas questões sobre a relação entre o pensamento
e a fala.
Vygotsky,
destaca que neste período de desenvolvimento da criança que ocorre com
aproximadamente dois anos, é o momento pelo qual pensamento e linguagem se unem para a
formação da fala racional ou pensamento verbal.
Referências
DONGO MONTOYA, A. O. Pensamento e linguagem: percurso piagetiano
de investigação. In: Psicologia em Estudo. Maringá,
v. 11, n.1, p. 119-127, jan-abr. 2006.