domingo, 5 de novembro de 2017

"O construtivismo e sua função educacional"

O construtivismo e sua função educacional valoriza as ações, enquanto operações do sujeito que conhece.
Ao construtivismo interessam as ações do sujeito que conhece. Estas, organizadas enquanto esquemas de assimilação, possibilitam classificar, estabelecer relações, etc, sem o que aquilo que, por exemplo, se fala ou se escreve para alguém não tem sentido para ele. Ou seja, o que importa é a ação de ler ou interpretar o texto e não apenas aquilo que, por ter-se tornado linguagem. pode por ele ser transmitido.” (MACEDO, pag. 3)

O construtivismo produz conhecimento em uma perspectiva não formal ou, se  quiser, apenas formalizante.
“A produção construtivista do conhecimento é formalizante, mas não formalizada. Nela, forma e conteúdo, ainda que não confundidos, são indissociáveis”. “A construtivista por um trabalho constante de reconstituição ou tematização (o que exige descentração e coordenação dos diferentes pontos de vista, então produzidos).” (MACEDO, pag. 4)

Logo todo esquema de ação tem uma função instrumental e tematizar é reconstruir, demonstrar e/ou transformar algo em um nível superior ao que já realizamos em outro nível.
[...] o conhecimento só pode ter o estatuto da correspondência, da equivalência e não da identidade (Piaget, 1980). Por isso, o conhecimento só pode ser visto como um “tornar-se” e não como um “ser”. (MACEDO, pag. 5)

Por exemplo; conforme a construtivista Emilia Ferreiro a criança faz a leitura do mundo antes mesmo de sua alfabetização.
Ao construtivismo o conhecimento só tem sentido enquanto uma teoria da ação (em sua perspectiva lógico-matemática) e não enquanto uma teoria da representação.
“Na perspectiva construtivista um conhecimento sobre algo (seja num plano individual, ou coletivo, como se faz em História da Ciência, por exemplo), só é possível enquanto uma teoria da ação, da ação que produz este conhecimento E nesta teoria interessam, sobretudo, os aspectos lógicos e matemáticos da ação”. (MACEDO, pag. 6)

O construtivismo é produto de uma ação espontânea ou apenas desencadeada, mas nunca induzida.
Só a ação espontânea do sujeito, ou apenas nele desencadeada, tem sentido na perspectiva construtivista. (ESSÊNCIA DO MÉTODO CLINICO PIAGETIANO)
            O construtivismo e o não construtivismo são complementares e fundamentais, “o problema é saber quando ou quando operar um ou o outro”, sendo que “a síntese, a fórmula ou paradigma é tão necessário para a criança quanto a análise dos meios que produzem este resultado”.
Quanto a postura do professor construtivista o mesmo deve saber muito a matéria que ensina, para “discutir com a criança, para localizar na história da ciência o ponto correspondente ao seu pensamento, para fazer perguntas inteligentes, para formular hipóteses, para sistematizar, quando necessário”. (MACEDO, pag. 11)
Em relação a disciplina na sala de aula “Uma aula construtivista pede o ruído e a manipulação, nem sempre jeitosa, daqueles que, tendo ou aceitando uma pergunta, não estão satisfeitos com o nível de suas respostas”.
Portanto, para concluir as aulas são locais de construção e descobertas, através da exploração do material, com ampla troca de ideias onde professores e alunos aprendem mutuamente.


REFERÊNCIA

MACEDO, Lino de. O CONSTRUTIVISMO E SUA FUNÇÃO EDUCACIONAL. Disponível em < https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional/ > acesso em novembro/2017. 

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