O construtivismo e sua função educacional valoriza as
ações, enquanto operações do sujeito que conhece.
“Ao construtivismo interessam as ações
do sujeito que conhece. Estas, organizadas enquanto esquemas de assimilação,
possibilitam classificar, estabelecer relações, etc, sem o que aquilo que, por
exemplo, se fala ou se escreve para alguém não tem sentido para ele. Ou seja, o
que importa é a ação de ler ou interpretar o texto e não apenas aquilo que, por
ter-se tornado linguagem. pode por ele ser transmitido.” (MACEDO, pag. 3)
O construtivismo produz
conhecimento em uma perspectiva não formal ou, se quiser, apenas formalizante.
“A produção construtivista do conhecimento é
formalizante, mas não formalizada. Nela, forma e conteúdo, ainda que não
confundidos, são indissociáveis”. “A construtivista por um trabalho constante
de reconstituição ou tematização (o que exige descentração e coordenação dos
diferentes pontos de vista, então produzidos).” (MACEDO, pag. 4)
Logo todo esquema de
ação tem uma função instrumental e tematizar é reconstruir, demonstrar e/ou
transformar algo em um nível superior ao que já realizamos em outro nível.
[...] o conhecimento só pode ter o estatuto da correspondência, da
equivalência e não da identidade (Piaget, 1980). Por isso, o conhecimento só
pode ser visto como um “tornar-se” e não como um “ser”. (MACEDO, pag. 5)
Por exemplo; conforme a
construtivista Emilia Ferreiro a criança faz a leitura do mundo antes mesmo de
sua alfabetização.
Ao construtivismo o
conhecimento só tem sentido enquanto uma teoria da ação (em sua perspectiva lógico-matemática)
e não enquanto uma teoria da representação.
“Na perspectiva construtivista um
conhecimento sobre algo (seja num plano individual, ou coletivo, como se faz em
História da Ciência, por exemplo), só é possível enquanto uma teoria da ação,
da ação que produz este conhecimento E nesta teoria interessam, sobretudo, os
aspectos lógicos e matemáticos da ação”. (MACEDO, pag. 6)
O construtivismo é
produto de uma ação espontânea ou apenas desencadeada, mas nunca induzida.
Só a ação espontânea do
sujeito, ou apenas nele desencadeada, tem sentido na perspectiva
construtivista. (ESSÊNCIA DO MÉTODO CLINICO PIAGETIANO)
O
construtivismo e o não construtivismo são complementares e fundamentais, “o
problema é saber quando ou quando operar um ou o outro”, sendo que “a síntese,
a fórmula ou paradigma é tão necessário para a criança quanto a análise dos
meios que produzem este resultado”.
Quanto a postura do
professor construtivista o mesmo deve saber muito a matéria que ensina, para “discutir
com a criança, para localizar na história da ciência o ponto correspondente ao
seu pensamento, para fazer perguntas inteligentes, para formular hipóteses,
para sistematizar, quando necessário”. (MACEDO, pag. 11)
Em relação a disciplina
na sala de aula “Uma aula construtivista pede o ruído e a manipulação, nem
sempre jeitosa, daqueles que, tendo ou aceitando uma pergunta, não estão
satisfeitos com o nível de suas respostas”.
Portanto, para concluir
as aulas são locais de construção e descobertas, através da exploração do
material, com ampla troca de ideias onde professores e alunos aprendem
mutuamente.
REFERÊNCIA
MACEDO,
Lino de. O CONSTRUTIVISMO E SUA FUNÇÃO
EDUCACIONAL. Disponível em < https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional/
> acesso em novembro/2017.
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