Freire, a sombra da mangueira discute
a relação dialógica como prática fundamental à natureza humana e à democrática;
e como uma exigência epistemológica.
Salienta em sua reflexão, o método de
distanciar-se do objeto, cercando-o (cerco epistemológico) para melhor
compreender e conhecer suas substancias interiores de relações com o outro.
As questões de dialogicidade, se faz
exigência na comunicação, no entanto se a “comunicação e a informação ocorrem
ao nível da vida sobre o suporte” (tecnologia), Freire nos convida a pensar sua
importância na “existência humana no mundo”.
Como seres históricos, a natureza
humana constituindo-se social e historicamente por uma trajetória inacabada
marcada pela finitude (morte) e pela inconclusão. Logo, em nossa caminhada
encerramos etapas para dar seqüência a outras, a finitude que antecede o
recomeço.
“A permanência da educação também
está no caráter de constância da busca, percebida como necessária.”(FREIRE,
2000, p. 75) A esperança, a partir de nossa ação no mundo.
“A consciência do
inacabado torna o ser educável.” “A consciência de, a intencionalidade da
consciência, não se esgota na racionalidade.” (FREIRE, 2000, p. 75).
Portanto, a esperança consciente em um mundo que almejamos implica na
capacidade de percebê-lo e compreende-lo em sua totalidade. [...] razão,
sentimento, emoção, desejos – que meu corpo consciente do mundo e de mim capta
o mundo a que se intenciona. (FREIRE, 2000, P. 76)
O exercício constante nas
experienciais relacionais, cujo a curiosidade se faz elemento fundamental de
abertura a compreensão, nos torna “seres da pergunta”, nas quais abrem
possibilidades de conhecimento.
Referência
FREIRE, Paulo. À SOMBRA DESTA
MANGUEIRA. Ed. Olho d’Água, São Paulo, SP. 2000
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