sexta-feira, 17 de novembro de 2017

"À SOMBRA DESTA MANGUEIRA"

Freire, a sombra da mangueira discute a relação dialógica como prática fundamental à natureza humana e à democrática; e como uma exigência epistemológica.
Salienta em sua reflexão, o método de distanciar-se do objeto, cercando-o (cerco epistemológico) para melhor compreender e conhecer suas substancias interiores de relações com o outro.
As questões de dialogicidade, se faz exigência na comunicação, no entanto se a “comunicação e a informação ocorrem ao nível da vida sobre o suporte” (tecnologia), Freire nos convida a pensar sua importância na “existência humana no mundo”.
Como seres históricos, a natureza humana constituindo-se social e historicamente por uma trajetória inacabada marcada pela finitude (morte) e pela inconclusão. Logo, em nossa caminhada encerramos etapas para dar seqüência a outras, a finitude que antecede o recomeço.
“A permanência da educação também está no caráter de constância da busca, percebida como necessária.”(FREIRE, 2000, p. 75) A esperança, a partir de nossa ação no mundo.
“A consciência do inacabado torna o ser educável.” “A consciência de, a intencionalidade da consciência, não se esgota na racionalidade.”  (FREIRE, 2000, p. 75). Portanto, a esperança consciente em um mundo que almejamos implica na capacidade de percebê-lo e compreende-lo em sua totalidade. [...] razão, sentimento, emoção, desejos – que meu corpo consciente do mundo e de mim capta o mundo a que se intenciona. (FREIRE, 2000, P. 76)
O exercício constante nas experienciais relacionais, cujo a curiosidade se faz elemento fundamental de abertura a compreensão, nos torna “seres da pergunta”, nas quais abrem possibilidades de conhecimento.

Referência
FREIRE, Paulo. À SOMBRA DESTA MANGUEIRA. Ed. Olho d’Água, São Paulo, SP. 2000

Nenhum comentário:

Postar um comentário