terça-feira, 21 de novembro de 2017

"As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão"


Edgar Morim em sua obra OS SETE SABERES NECESSÁRIO À EDUCAÇÃO DO FUTURO, capítulo I, AS CEGUEIRAS DO CONHECIMENTO: O ERRO E A ILUSÃO”  nos mostra que  a educação  que conduz o conhecimento, [...] esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão.   (MORIN, 2002, p. 19)
Estamos suscetíveis a vários tipos de erros através das percepções que temos quando estamos recebendo informações e conhecimentos, são “traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos”. O erro de percepção, proveniente de nossa visão, acrescenta-se ao erro intelectual, onde cada sujeito tem suas próprias percepções, portanto realizam a “tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento.”, de formas diferentes.  
Morin, cita que “O desenvolvimento do conhecimento científico é poderoso meio de detecção dos erros e da luta contra ilusões”. (2002, p. 21).  Porém, nos paradigmas que controlam a ciência podem desenvolver ilusões, logo nenhuma teoria esta imune ao erro das ilusões.
A educação precisa ensinar, no processo ensino-aprendizagem, a condição humana com base na razão, sem esquecer a afetividade, na emoção.
Os tipos de erros que podemos desenvolver mediante ao conhecimento são:
Ø  Os erros mentais: exemplificado por falsas lembranças, ilusões, memória ...
Ø  Os erros Intelectuais: pois o sistema de ideias (doutrinas, teoria, ideologias) estão sujeitos ao erro como também os protege
Ø  Os erros da razão: Cabe controlar a racionalidade diante da racionalização. “A racionalização é fechada, a racionalidade é aberta.” Precisamos ser racionais para enxergar determinados erros.
 [...] a necessidade de reconhecer na educação do futuro um princípio de incerteza racional: a racionalidade corre risco constante, caso não mantenha vigilante autocrítica quanto a cair na ilusão racionalizadora. Isso significa que a verdadeira racionalidade não é apenas teórica, apenas crítica, mas também autocrítica. (MORIN, 20002, p. 24)

Portanto, temos que ter uma incerteza racional, não podemos acreditar em tudo, temos que estar abertos a esta racionalização para enxergar os erros e as ilusões.
Ø  As cegueiras paradigmáticas (Os erros paradigmáticos): modelos explicativos sujeitos a erros de  concepção e interpretação de conceitos.
Portanto, “um paradigma pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar e ocultar”.

REFERÊNCIA


MORIN, Edgar. Os setes saberes necessários à educação do futuro. Cortez Editora. 5ª edição. São Paulo: Cortez; Brasilia, DF: UNESCO. 2002 (Cap. I, p. 19 a 27)

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