Izabel Moura, professora e coordenadora das
equipes de acompanhamento – IHA, em entrevista sobre sociedade e deficiência
fala do aluno com TGD (Transtorno Global
do Desenvolvimento), exluido em diversos ambientes na sociedade por
desconhecimento, entre outros.
Conforme NOTA TÉCNICA Nº 04 / 2014 /
MEC / SECADI / DPEE,
II –
Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um
quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais,
na comunicação ou estereotipias motoras.
Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger,
síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e
transtornos invasivos sem outra especificação. (CNE/CEB, nº 4/2009, que no seu
artigo 4º, considera público-alvo do AEE:)
Portanto, encontram-se especificidades nas áreas
do desenvolvimento do comportamento, interação social e linguagem. Especificidades
estas, importantes que o professor conheça e reconheça para realizar
estratégias de atendimento educacional deste aluno.
Sendo que conforme Camargo e Bosa, “as
dificuldades dos professores, de um modo geral, se apresentam de uma forma de
ansiedade e conflito ao lidar com o “diferente.” ( 2009 p. 69)
Moura salienta que a sociedade possui atitudes
que podem favorecer ou prejudicar o processo de inclusão, possui preconceitos
que determinam as relações, cria estereótipos e estigmas, e que
estes estigmas vão inserir ou excluir ou aluno ou qualquer pessoa que se mostre
diferente.
Conforme Camargo e Bosa, “O interesse nas
questões da interação social e as reflexões sobre a sua importância para o
comportamento humano surgiram no século passado.”(2009, p. 65)
O aprofundamento no estudo do desenvolvimento
humano, a “interação social” aparece em vários contextos, a qual tem seu
aprofundamento na visão de vários teóricos, que “parece haver um consenso entre
elas no sentido de que o sucesso da constituição psíquica do indivíduo depende
primordialmente do processo de socialização.” (CAMARGO E BOSA, 2009, p. 66)
[...] a importância
que assume a relação entre pares, dada sua intensidade e permanência ao longo
do desenvolvimento, torna inseparáveis o desenvolvimento da competência social
e o das relações interpessoais. (CAMARGO E BOSA, 2009, p. 67)
Na relação entre pares da mesma idade, a
“qualidade da interação com iguais e competência social influencia-se
mutuamente”.
Para Camargo e Bosa;
“proporcionar às crianças com autismo oportunidades
de conviver com outras da mesma faixa etária possibilita o estímulo as suas
capacidades interativas, impedindo o isolamento.” “A oportunidade de interação
com pares é a base o seu desenvolvimento, como para o de qualquer outra
criança.” (CAMARGO E BOSA, 2009, p. 68)
Desse
modo, a convivência compartilhada na escola a partir da inclusão no ensino
comum favorece o desenvolvimento de ambas as partes, possibilitando as convivências,
aprendizagens e respeito as diferenças. As intervenções dos colegas são
transformadoras deste comportamento.
A
escola no processo de inclusão possui o papel fundamental de proporcionar o
desenvolvimento deste individuo construindo habilidades sociais, possibilitando
o alargamento progressivo de experiências socializadoras, que permitam novos
conhecimentos e comportamentos.
Referências
CAMARGO, Síglia, P. H., BOSA, Cleonice, A. COMPETÊNCIA
SOCIAL, INCLUSÃO ESCOLAR E AUTISMO: REVISÃO CRITICA DA LITERATURA Psicologia & Sociedade; (1): 65-74,
2009
IHA - TGD - parte
I Rioeduca SME (2011) Disponível
em < https://youtu.be/Tf-R4hGYOFs
> Acesso em novembro/2017
IHA - TGD - parte lI
Rioeduca SME (2011) Disponível
em < https://youtu.be/clB2UNiA_X0
> Acesso em novembro/2017
NOTA TÉCNICA Nº 04 / 2014 / MEC / SECADI
/ DPEE, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão 23 de janeiro de 2014. Disponível
em < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15898-nott04-secadi-dpee-23012014&category_slug=julho-2014-pdf&Itemid=30192
> acesso em novembro 2017.
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