Paulo Freire, cita em sua pedagogia
da autonomia que professor como sujeito
da ação, “assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença
definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
possibilidades para sua produção ou a sua construção.” (1996, p. 22)
Portanto, como seguidora
de Freire, o comprometimento com o bom desenvolvimento de nossos educandos faz
parte da profissão que escolhemos exercer. No entanto, uma formação adequada se faz fundamental
para atingir os objetivos de criar possibilidades para a produção e construção
do conhecimento deste educando.
Em se tratando de alunos
com altas habilidades, “a identificação de uma assincronia”, que “aparece
quando alguma das capacidades humanas se desenvolve mais do que as outras”, faz
deste sujeito “uma pessoa única, complexa, na qual as altas habilidades se
configuram e articulam de forma particular”. (CUPERTINO, 2008 p.44).
A criança com altas
habilidades muitas vezes é confundida com alunos hiperativos, quando se lança
um olhar diferenciado se percebe que se trata de um sujeito de com habilidades
especiais.
“A identificação de
altas habilidades não se apóia em dados absolutos; não existem regras fixas,
nem a certeza de acertar. Mesmo as medidas mais precisas somente apontam
prognósticos, porque a vida humana é muito complexa e envolve muitas variáveis,
entre as quais pode existir uma alta habilidade. (CUPERTINO, 2008 p.23).
No entanto,
“definir se alguém tem
altas habilidades ou não depende da compreensão de seus comportamentos,
situados no contexto do qual provêm, e
da análise cuidadosa e detalhada das configurações das capacidades que
caracterizam cada pessoa”. (CUPERTINO, 2008 p.25).
É através da identificação
das altas habilidades, que o professor passa a tomar medidas educativas
adequadas para desenvolver as habilidades encontradas neste indivíduo,
oferecendo lhe desta forma uma formação ampla, de acordo com suas
potencialidades.
“Sem estímulo, esta pessoa pode
desprezar seu potencial elevado e apresentar frustrações e inadequação ao meio.”
(CUPERTINO, 2008 p.25)., pois estas habilidades podem ser desenvolvidos ou não,
tudo ira depender do ambiente que esta criança esta inserida; as habilidades
sociais tem que ser trabalhadas em uma ação conjunta com a família.
REFERÊNCIAS
CUPERTINO, Christina M. B., Um olhar
para as altas habilidades: construindo caminhos São Paulo: FDE 2008 disponível
em < http://www.christinacupertino.com.br/arquivos/Altas_habilidades.pdf
> acesso em novembro de 2017.
FREIRE, Paulo. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA Saberes
Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura)