segunda-feira, 26 de setembro de 2016

RECOMEÇAR


Chegamos ao final do semestre III, e após alguns dias de recesso escolar fundamentais para recarregarmos as energias aguardamos o eixo IV, que aponta novos desafios, especialmente em relação as nossas escritas e reflexões. 
Bom momento para aproveitar e refletir a afirmação de Freire que “[...] na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a  próxima prática. (1996. p.39)”
Neste sentido, o que devemos levar conosco,  ressignificar teorias e acontecimentos e registrar nossas observações, inquietações, curiosidades na qual estamos constantemente sendo instigados. Com estes registros, juntos podemos trabalhar a construção e reconstrução de novos saberes.
Que tenhamos um ótimo semestre e possamos fazer deste um período de conquistas e superações. 

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática  educativa, São Paulo: Paz e Terra, 1996

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Reflexão sobre aprendizagens relacionadas ao Seminário Integrador III

Mais um semestre que se  foi, mais aprendizagens que adquirimos, brincamos com a Ludicidade e Educação, cantarolamos com a Música na Escola, poetizamos com a Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem, particularmente tive minha primeira experiência com a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, e como não citar as evoluções do Seminário Integrador III, que tem se mostrado um grande desafiador. 

Neste semestre, a interdisciplina do Seminário Integrador III prosseguiu com o objetivo central, que é  ajudar a nos transformarmos professores-pesquisadores, registrando e refletindo sobre o que acontece em aula, buscando suporte teórico, planejando e replanejando o trabalho para propiciar melhor formação aos nossos alunos. O seminário tem nos proporcionado a apropriação das novas tecnologias, novos meios tecnológicos,  nos tornando aptos a ajudar nossos estudantes no desenvolvimento autossustentável, fundamentada pelos avanços tecnológicos da humanidade.

         
Fechamos o semestre com a apresentação de nossa Síntese Reflexiva das Aprendizagens - EIXO III, relatando todas nossas reflexões e vivencias ocorridas durante o semestre.
Posso concluir que todas as interdisciplinas se conectam, sendo fortemente observado em meu dia a dia a união do brincar, com o gestual, a musica, e todo o encanto proporcionado por nossa literatura.  


Reflexão sobre aprendizagens relacionadas a Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem

http://horoscopovirtual.uol.com.br/imagem/artigos/interno/images/conto-de-fadas(1).jpg

A literatura, fala por si só, promovem no leitor ou ouvinte, provocações, curiosidades e alimentam todo o imaginário.
E foi isto que este semestre, nesta disciplina despertou, a provocação, oportunizou vivências teórico práticas possibilitando a construção de conhecimento, e nos instigou a uma postura crítica, nos aspectos históricos e na produção para crianças.
Conforme Camargo; 
A poesia infantil enquanto gênero literário dirigido às crianças surge no Brasil apenas  no final do século XIX. Antes, o que existe são poemas manuscritos, de circulação familiar,  feitos de pai ou mãe para os filhos, ou escritos em álbuns de meninas e moças e, eventualmente,  incluídos posteriormente nos livros de seus autores junto a outros poemas não escritos para o leitor infantil. (1999, p.1)

Falar e pensar poesia e poema, não é a mesma coisa, poema é um texto formalizado em versos, estrofes, e apresenta alguns recursos da linguagem poética, já a poesia é o conteúdo poético que podemos encontrar nos poemas, em narrativas, crônicas e até mesmo obras de arte. Parece confuso, mas no decorrer das atividades disponibilizadas na interdisciplina, conseguimos organizar nossa mente. 
Como falei anteriormente, trabalho com educação infantil, e a leitura, os livros, as literaturas se fazem presentes no decorrer de nossos dias. Utilizamos diversos recursos, são imagens, narrativas, vídeos, contos, e os pequenos ficam deslumbrados com  todas estas informações. 
 Tentamos proporcionar aos nossos estudantes metodologias que facilitem sua compreensão, auxiliando os no saber, entender, identificar e compreender na medida do possível.
Utilizamos em muitos momentos a poesia, com o objetivo de provocar a sensibilidade  para a manifestação do poético, despertando uma percepção mais rica da realidade e contribuindo para  enriquecer a sensibilidade.
A infância é o período  que pode ser considerado o mais importante para o futuro de cada indivíduo sendo fundamental introduzir aos educandos hábitos de leitura, onde os poemas podem brincar com o aspecto sonoro das palavras, como rimas, ritmo cadenciado, repetição de palavras, podem brincar com o espaço da folha em branco, através de desenhos, podem tratar de sentimentos e vivências da criança, podem usar o absurdo, o humor, o inesperado, podem se inspirar em composições folclóricas, parlendas, travalínguas, entre outros, contribuindo fortemente para o processo de ensino e aprendizagem.
O lúdico tão presente em nossos dias é essencial para o desenvolvimento das crianças, pois trazem benefícios nos aspectos físico, intelectual e social. Brincando, a criança desenvolve a identidade e a autonomia, assim como a capacidade de socialização, através da interação e experiências de regras perante a sociedade. Esta valorização da música, da literatura e do lúdico durante os processos de ensino significa considerá-los na perspectiva das crianças, sendo vivido na escola como algo espontâneo, permitindo-lhes sonhar, fantasiar, realizar desejos, vivenciando sua infância.
Um dos conhecimentos que levarei comigo, entre muitos outros em relação aos estudos do semestre é que se quisermos  discutir a moral de uma fábula, o mais importante será a justificativa para a resposta, pois justificar significa aprender a argumentar; ouvir argumentações, apreender a contra-argumentar e a respeitar as diferenças. 

REFERÊNCIAS

CAMARGO, Luís. A Narrativa Fabulista,  A fábula na sala de aula Disponível em: < http://www.tvebrasil.com.br/salto/ > Acesso em julho 2016


CAMARGO, Luís. A Poesia infantil no Brasil, Palestra apresentada no LAIS – Instituto Latino-americano –, da Universidade de Estocolmo, e no Instituto Sueco do Livro Infantil (neste último, em inglês), Estocolmo, Suécia, em outubro de 1999, junto com Ricardo Azevedo, que falou sobre “Literatura infantil brasileira hoje: alguns aspectos e problemas”. 


Reflexão sobre aprendizagens relacionadas a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS

disponível em: http://www.newsrondonia.com.br/imagensNoticias/image/ssssss(23).jpg

Quando iniciamos o semestre, preocupou-me o fato de não conhecer praticamente nada de Libras, e meu atual contexto de não ter contato com pessoas surdas, no qual acreditava que iria dificultar a aprendizagem. Porém, no decorrer das atividades fomos nos apropriando deste conhecimento, onde questões de aspecto linguísticos, penso, que só a prática para melhor desenvolver, quanto a história, cultura e identidades da comunidade surda, ficou bastante esclarecido.
            Em relação aos aspectos linguísticos, percebe-se que a grande maioria dos sinais  são arbitrários, isto é não mantém relação com seu referente, porém existem alguns icônicos nos quais reproduzem imagens da pessoa ou coisa a ser representado.  Também, ainda nestes aspectos, na língua de sinais podem ocorrer variações sociais, regionais e históricas.
            Ao falar sobre a história da comunidade surda precisamos saber  quem é o surdo, qual seu papel na sociedade, o que ele representa?
Para nós ouvintes, ser surdo é apenas não ouvir, mas na verdade representa uma parcela de sujeitos que pela ausência da audição possui uma experiência visual aguçada e é usuário da língua de sinais.   Sendo assim ser surdo, é possuir uma cultura, uma língua; é participar de uma comunidade de iguais, interagindo, adquirindo e expandindo saberes.
Conforme escrita de Portim e Rosa existem vários significados para a palavra cultura, mas relacionado às pessoas surdas, ela representa identidade.  Hall (1997) diz que a cultura “determina uma forma de ver, de interpelar, de ser, de explicar, de compreender o mundo”. (2014, p. 4/5).

O que entende-se que os surdos tem suas particularidades , compartilhados  na comunidade surda, que ocorre através do visual e da língua de sinais. E por falar em comunidade surda, cabe lembrar que comunidade surda não tem ligação com territórios e sim com um grupo de pessoas usuários ou não da língua de sinais, que vivem e compartilham suas necessidades. 

REFERÊNCIAS

PONTIN, Bianca R.; ROSA, Emiliana F. Apostila de Libras UFRGS. 2. SURDOS, 2014

Reflexão sobre aprendizagens relacionadas a Música na Escola

       
disponível em: http://img.sieuthi1900.com/upload/pro/2014-11/2014-11-13/Nhan-dan-mien-phi-van-chuyen-co-the-thao-roi-dan-tuong-truong-dao-tao-am-nhac-cho-piano-dan-piano-lop-hoc-mau-giao-trang-tri_1.jpg

        Aprendemos com a música, e agora percebemos e sabemos que com ela podemos melhor ensinar.
            Schmeling e Teixeira citam que:  

Quando nos encontramos diante de um grupo de estudantes, para a realização de atividades vocais, deparamo-nos com diversos timbres e formas de emissão vocal, seja por meio da voz falada ou da voz cantada. Essas diferentes maneiras de produzir sons com o instrumento vocal precisam ser levadas em conta, valorizando-se, em primeiro lugar, o significado do fazer músico-vocal, uma vez que ele envolve um complexo de relações e significados para os sujeitos envolvidos (Souza, 2000, p. 28). (2010, p. 76)


Outro dia li uma reportagem que dizia: “...as crianças são seres musicais...”, e gravei esta trecho na qual me fez refletir, pois, de fato, as crianças desde pequeninas brincam com a música e com suas melodias, despertando nelas varias ações e reações, que a acompanharam até a fase adulta.
Conforme Scmeling e Teixeira, a voz é um recurso acessível ao fazer musical porque todos levam consigo. Assim, a utilização da voz como instrumento de musicalização, na escola, torna-se uma opção relevante. (2010, p. 3)
A musicalidade é algo que nascemos, que faz parte de nossa existência, é o ato de fazer música através de vários sons, que  criamos e tocamos.
Nas palavras de Rubem Alves[1];

se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.[2]


            Para Scmeling e Teixeira segundo Mejía (2008, p. 241) “cantar supõe um ato afetivo e de expressão de estados de ânimo, implicações grupais, lúdicas e afetivas”. (2010, p. 13)
            Em meus dias, estes sons se concretizam, a música compõe minha realidade, com os pequenos, cantamos na chegada, com um doce bom dia aos colegas e professores, no decorrer da manhã com várias outras melodias, no horário do lanchinho, do almoço e por que não do soninho. No soninho um suave toque, em notas bem baixinhas para ninar nossos pequenos.

REFERÊNCIAS

SCHMELING, Agnes; TEIXEIRA, Lúcia. EXPLORANDO POSSIBILIDADES VOCAIS: DA FALA AO CANTO. Música na educação básica. Porto Alegre, v.2, n. 2, setembro de 2010.  



[1] Ver ALVES, Rubem A. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Rubem_Alves/ > Acesso em julho 2016

[2] Frases e Pensamentos Disponível em: < http://pensador.uol.com.br/autor/rubem_alves/> Acesso em julho 2016
  

Reflexão sobre aprendizagens relacionadas a Ludicidade e Educação



Conforme citação de Collares;
Piaget (1987, p. 19), oferece-nos uma base dinâmica para tratar da questão do jogo, enquanto algo sério para quem joga e um momento impar para se oportunizar, no contexto escolar, ao professor, possibilidades de construir conhecimentos sobre o modo como os estudantes pensam e, a todos, um método de cooperação. ( 2008, p. 04)

O brincar/jogar em sala de aula , exige do professor, um entendimento, uma conscientização, uma postura observadora, orientadora que busque ação na prática e que oportunize aprendizagens de forma significativa. 
Para Piaget (1994, p. 23) os jogos infantis constituem admiráveis instituições sociais. (COLLARES, 2008, p.11)
Confirmando e concluindo o grande potencial que os jogos oferecem para o auxilio de todo desenvolvimento de nossos educandos, e reforçando assim sua prática inclusive nas instituições de ensino.
            A disciplina nos proporcionou um estudo e um a reflexão teórico critica sobre os jogos, os brinquedos e as brincadeiras  e suas relações, e nos incentivou e instigou a vivenciar, no estudo sobre jogos artesanais e computadorizados em relação a educação.    

REFERÊNCIAS

COLLARES, Darli. O jogo no cotidiano da escola: Porto Alegre, Editora Projeto, 2008

Disponível em: < https://youtu.be/MkugbRG9DB4  > Acesso em  julho de 2016.