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Vivemos em um País multicultural que
conforme CANDAU (2002) “ A perspectiva intercultural quer promover uma educação
para o reconhecimento do “outro”, para o dialogo entre os diferentes
grupos sociais e culturais. Uma educação para a negociação cultural.”
Esta possibilidade de enxergar o
“outro”, e desconstruir o modelo histórico até então imposto na
cultura escolar, fomenta a construção de conhecimentos, respeito as
diferenças, na busca de uma sociedade realmente democrática.
As frágeis questões relativas ao
multiculturalismo têm sido discutidas por críticos e defensores, ambicionando
manobras que venham a tomar parte no “campo político-social, cultural e educativo”.
REFERÊNCIA
CANDAU, Vera Maria Ferrão. Sociedade,
Cotidiano Escolar e Cultura(s): Uma aproximação. Educação & Sociedade,
ano XXIII, n o 79, Agosto/2002.
"Povos
Indígenas: conhecer para valorizar" produzido pelo Museu do Índio/FUNAI e
Secretaria de Estado do Rio de Janeiro em 2011.
Por muito tempo e ainda nos dias de
hoje, os povos indígenas são estudados e representados por concepções
pré-estabelecidas disponibilizadas em materiais didático inspirados no século
XIX. Materiais estes que fomentam as imagens e ideias estereotipadas, destorcendo
a realidade histórica, social, cultural e espiritual dos povos.
Mesmo com o amparo da LEI nº 11.645, de 10 de
março de 2008, que estabelece a abordagem temática "História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena" no currículo oficial da rede de
ensino, o que se constata é uma deficiência e carência de informações e
conhecimentos de sua história e cultura.
BERGAMASCHI e GOMES, em seu artigo
trazem importantes questionamentos pautados em vivência na “educação ameríndia”.
Conforme BERGAMASCHI e GOMES ressaltam
[...] nem sempre é dada a importância devida a este tema na escola, trabalhando
em geral somente próximo ao Dia do Índio e de forma superficial e
descontextualizada. (2012 p. 57).
Realidade não muito diferente da
grande maioria das escolas, que desconsidera a pluralidade cultural dos povos indígenas.
Segundo as autoras, uma série de
situações contribuem para este condicionamento, a falta de “formações específicas sobre o tema,
propiciadas por cursos ou discussões e estudos na escola” aos docentes , livros didáticos (com
exceções), “deficientes no tratamento das diversidades étnica e cultural”, ajudam
a perpetuar uma visão deformada o estudo
da temática indígena.
No entanto, no artigo são citadas experiências
positivas com o desenvolvimento de projetos e oficinas, propostas nas quais trazem
a tradição e o povo indígena para dentro do espaço escolar, vislumbrando desta
forma situações que promovem o rompimento das ideias pré-elaboradas que
circulam no âmbito escolar.
Neste contexto percebe-se que os “encontros
interculturais se sustentam por meio de experiências de ensino” onde a história
e a cultura dos povos indígenas podem ser conhecidas e trabalhadas como povos do presente.
REFERENCIAS
BERGAMASCHI,
Maria Aparecida. GOMES, Luana B. A TEMÁTICA INDÍGENA NA ESCOLA: ensaios de
educação intercultural. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 1, pp. 53-69,
Jan/Abr 2012.
POVOS
INDÍGENAS: CONHECER PARA VALORIZAR. Curso de história dos índios no Brasil.
Disponível em: < https://youtu.be/MwMEuK-DfEw
> Acesso em setembro/2017.
imagem referente aoWorkshop de Avaliação Integrada_ 2016/2
Iniciamos mais um semestre de nossa caminhada acadêmica, no entanto a proximidade com a reta final nos faz refletir o quanto evoluímos como discentes na atuação de nossa docência. Hoje, pensando no que escrever, percebo que minhas visões e compreensões de dois anos atrás tomaram outras formas, outras proporções, outras concepções.
FREIRE, na sua pedagogia da autonomia fala sobre a "formação docente ao lado da reflexão sobre a prática educativo-progressiva", que é o que estamos vivendo, neste trajeto de construções e análise de saberes.
O eixo VI, vem para reforçar estas reflexões através do conhecimento em rede marcado pelas diversidades abordadas nas interdisciplinas.
FREIRE, apresenta esta ideia quanto quando diz que: "ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica".
[...] No exercício crítico de minha resistência ao poder manhosos da ideologia, vou gerando certas qualidades que vão virando sabedoria indispensável à minha prática docente. (FREIRE, p. 133, 1996)
REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura)