Aula Magna - Nuccio Ordine
Ao
assistir a Aula Magna que marca a abertura do semestre letivo da UFRGS,
apresentada pelo professor, escritor e filósofo critico italiano Nuccio Ordine,
já no início me perguntei; qual seria o meu conceito de saberes, úteis e
inúteis?
Curiosamente,
como selecionar o que nos é útil, afinal saberes, são conhecimentos que de uma
forma ou outra contribuem para nosso crescimento cognitivo.
Na
conferência cujo o tema é “A UTILIDADE DOS SABERES INUTEIS” ministrada por
Nuccio Ordine, o mesmo através de muitos exemplos , nos faz refletir e repensar os objetivos
das escolas e das universidades dos dias atuais.
Há tempos, temos sido manipulados por uma sociedade capitalista e a educação tem
nos moldado a esta realidade, teoricamente, não valorizando os saberes que não produzem lucro.
Mas, como estimar valores a estes saberes?
Através
de várias citações Ordine nos faz compreender o grande valor do que estamos
deixando se liquefazer.
Conforme
Nuccio, “nem tudo deve ser transformado em mercadoria, instituições de ensino e
alguns órgãos deveriam ser defendidos do utilitarismo, escolas e universidades
não podem ser consideradas empresas e os estudantes não podem ser considerados clientes.”
No
decorrer da interessantíssima conferência, ele nos aponta uma realidade
universal preocupante do homem moderno, que lamentavelmente esta predisposto a
uma vida simplista voltada a formação tecnicista.
Esta
realidade apenas nós, educandos e educadores comprometidos com o potencial transformador da educação podemos reverter, e com isso transforma uma nação para
a justiça, formando uma sociedade pensante, crítica e digna.
Na minha infância e até mesmo
adolescência os hábitos e conceitos familiares não nos permitia manifestarmo-nos, no meio escolar não era diferente. Hoje,
no entanto, é muito comum as crianças interagirem com os adultos.
Estamos vivendo um momento de
participação efetiva de jovens que se fazem ouvidos.
Pais, mães e responsáveis, cabe a eles instigar e
apontar valores, a escola tem o poder disciplinador e nós educadores temos o dever de proporcionar saberes para formar um individuo emancipado, com capacidade de decisão, crítico, ciente de seus direitos e deveres.
